quinta-feira, 30 de julho de 2009

Pensamento #7 - Sonhos

Dreams are postcards from our subconscious, inner self to outer self, right brain trying to cross that moat to the left. Too often they come back unread: "return to sender, addressee unknown." That's a shame because it's a whole other world out there--or in here depending on your point of view.

Dennis Koenig and Jordan Budde

Costumam lembrar-se dos sonhos que têm? Eu lembro-me mais ao menos metade das vezes. A maior parte do tempo acordo semi-consciente a meio da noite quando acaba um sonho para depois sonhar que sonhara com ele. Algo que me mete muita impressão é a memória de um sonho. Não consigo explicar bem, mas é como se eu soubesse que tinha acontecido e não me conseguir lembrar. Ou lembrar-me de me lembrar dele, mas não o conseguir puxar para o consciente.

Outro facto estranho é os sonhos de que me lembro fazerem bastante sentido quando pensados mas não terem nem pés nem cabeça quando escritos ou descritos verbalmente. A partir desse momento perdem a sua mística e encanto, pelo que quando me quero lembrar, tento mantê-los vivos na minha mente; a maior parte das vezes funciona. Recordo sonhos com mais de 10 anos!

Muitas vezes esqueço os sonhos durante o dia e naquele momento em que me deito e pouso a cabeça na almofada vem-me tudo à memória. É fantástico como os locais e posturas nos revivem o pensamento. Desde pequena que uso esse truque. Quando me esqueço de algo, pôr-me na posição e local em que ocorreu ou em que pensei no assunto costuma resultar!

Uma vez sonhei com a solução de um enigma. Grande parte dos dias tenho uma noção de onde vêm os vários elementos dos meus sonhos. Os meus pesadelos não meteriam medo a mais ninguém, e sonho com cenas “horríveis” sem me ralar. De facto, o medo não povoa grandemente as minhas noites. É mais a tristeza ou o desespero. Sonhos perfeitos também nunca tenho. E por vezes acordo sem saber se aconteceram ou não.

Também não sonho a preto e branco, mas nunca presto atenção às cores a não ser que sejam relevantes para o sonho. Para além disso, sei com quem sonhei e nunca vejo as caras.

Já sonhei que era rapariga, mulher, rapaz e homem. Já sonhei que eu era “eu”, ou outra pessoa, incluindo pessoas reais, personagens de livros, filmes, desenhos animados ou mesmo jogos de computador. Sonho bastantes vezes que estou grávida ou tenho filhos, mas acordo sempre antes de saber quem é o pai. Sonhar que estou a caír só sonhei uma vez.

Durante muitos anos não sonhei de todo, ou se sonhei, não dei conta dos sonhos. Foi no início da adolescência que estes começaram outra vez, e ressenti-o um pouco. Tinha aquele orgulho-que-não-faz-sentido-nenhum em dormir um “sono sem sonhos” e acordar refrescada. [De facto, é interessante como as pessoas se orgulham das coisas mais estapafúrdias, mas isso ficará para outra altura.] Mesmo assim, os sonhos são uma parte imperdível da vida. São o momento em que todos os nossos sentimentos e pensamentos se juntam sem barreiras ou restrições ou comandos do cérebro e “nós” ficamos a ver, impotentes. Os sonhos podem trazer-nos as maiores revelações: as que já sabemos e não admitimos.

2 comentários:

  1. Obrigada ;) eu sinceramente lembro-me de vez enquanto, normalmente quando estou muito ansiosa com alguma coisa. Por exemplo nestas últimas semanas sonhava com o exame de código .. beijinho

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  2. Ugh, isso também me acontece... Sonhar com testes e exames não desejo a ninguém =S

    Mas agora já só tens de ligar às férias!

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